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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Carta para Meu Pai

Em um mar de águas límpidas e cristalinas, já nadei,
Água potável da torneira, já tomei,
Um lindo pôr do sol em um céu completamente azulsinho, já avistei,
Olhando para os lados, a incrivel natureza, já contemplei,
Com o lindo canto dos passáros em minha janela, já acordei,
O cheiro da chuva, já senti,
O prazer de comer uma fruta colhida do pé, já tive,
A beleza de um beija-flor retirando o polén de um Flamboiã, já presenciei,
A serenata dos grilhos e sapos, depois de uma chuva, já ovi
O incrivel enigma de um arco-iris, já decifrei,
As lindas cores e a magnifica energia da natureza, já pude desfrutar.
Só que agora, tudo isso mudou...
...Num mar de garrafas pet eu nado,
Água potável, raramente e racionalizadamente eu tomo,
Um pôr do sol cinza e sem graça, em um céu escuro, eu avisto todos os dias,
Olhando para os lados, uma selva de pedra, é o que eu contemplo,
O barulho da cidade me acorda, passáros são raros,
Com a escassez da chuva, profunda tristeza eu sinto,
Com a quantidade de agrotóxicos que colocam nas frutas, por causa das pragas, dores de barriga eu tenho,
A extinção desse animal, que só é encontrado em zoológicos, eu presencio,
A serenata das moscas e mosquitos que infestam as cidades, eu escuto,
O cinza da cidade e a energia negativa do lugar, é o que eu menos desfruto.

De: Bruno S.

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